Revisão do Plano Diretor de PG deve aquecer setor da construção civil
Sindicato da Indústria da Construção Civil observa a atualização das regras do planejamento urbano com otimismo e expectativa de melhor embasamento jurídico na legislação
Publicado: 30/05/2025, 16:06

O setor da construção civil de Ponta Grossa vive a expectativa de um novo ciclo de crescimento. A entrega das propostas de atualização do Plano Diretor à Câmara Municipal, feita na última quarta-feira (28) pela prefeita Elisabeth Schmidt (União Brasil), empolga empresários e investidores do ramo imobiliário.
Em entrevista ao Portal aRede, nesta sexta-feira (30) o representante do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) em Ponta Grossa, Lúcio Rogoski, destacou que as mudanças propostas no Plano Diretor são essenciais para garantir segurança jurídica e viabilidade econômica para os empreendimentos na cidade.

Segundo Rogoski, a versão do Plano Diretor publicada em 2022 trouxe uma série de restrições que assustaram empresários do setor. As novas regras, na época, reduziram significativamente o potencial construtivo em diversos terrenos, o que inviabilizou projetos e impactou diretamente os custos.
“O empresário fazia uma conta. Se antes era possível construir seis casas em um terreno, a nova regra permitia só quatro. Isso elevava o custo por unidade e, muitas vezes, tornava o empreendimento inviável”, explicou.
A insegurança gerada levou muitas empresas a recuarem nos investimentos na cidade, suspendendo projetos e aguardando uma definição mais clara sobre as possibilidades de construção.
PARTICIPAÇÃO - O Sinduscon participou ativamente das discussões na Câmara Técnica de Urbanismo, Infraestrutura e Meio Ambiente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG). Para Rogoski, o grande mérito desse processo foi o diálogo entre o setor produtivo, o Legislativo e o Executivo, que buscou um equilíbrio entre os interesses públicos e privados.
“O Plano Diretor não poderia travar Ponta Grossa. A cidade está crescendo, recebendo indústrias, e precisa garantir moradia para sua população. A revisão buscou exatamente isso: garantir desenvolvimento com responsabilidade”, afirmou.
NOVAS OPORTUNIDADES - Com a atualização, as quatro zonas mistas do mapa urbano de Ponta Grossa — áreas que concentram principalmente residências, mas também comércio e serviços — devem se tornar ainda mais atrativas. De acordo com Rogoski, o setor de construção civil tem empresas com diferentes perfis, desde aquelas focadas na edificação de habitações populares até as que investem em prédios e torres de alto padrão.
“Cada empresa vai buscar o zoneamento que melhor atenda seu perfil de obra. O ponto positivo é que conseguimos uma regra que atende a todos, promovendo um crescimento homogêneo para a cidade”, avaliou.
Um dos principais ganhos com o novo Plano Diretor é a segurança jurídica. Com regras claras, os empresários am a saber exatamente o que podem ou não fazer, sem a necessidade constante de aprovações excepcionais por parte do Conselho de Urbanismo, destacou Lúcio Rogoski. Essa estabilidade já começa a refletir no mercado. “O pessoal está mais animado, buscando áreas, e já tem projetos novos sendo lançados”, contou.