Editorial
A população precisa acreditar na eficiência dos imunizantes
Da Redação | 29 de maio de 2025 - 01:53

Cidadão responsável acredita na vacina e ajuda o poder público a estimular a população a se proteger contra a gripe. Este foi um dos pontos abordados pela presidente da Fundação Municipal de Saúde, de Ponta Grossa, Lilian Brandalise, em entrevista ao Grupo aRede.
Na última sexta-feira (16), a Sesa emitiu um alerta para as secretarias de saúde dos 399 municípios paranaenses. O documento chama a atenção para a intensificação da circulação dos vírus respiratórios durante o outono e o inverno, período em que aumentam os casos de síndromes gripais e internações hospitalares, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com fatores de risco.
A vacina é a melhor forma de prevenir casos graves e mortes por gripe. Os dados evidenciam que crianças pequenas continuam sendo as mais vulneráveis. O momento deve ser de ação e de mobilização. Os municípios paranaenses enfrentam a maior circulação dos vírus Influenza A e Sincicial Respiratório dos últimos dois anos. Por isso, as autoridades médicas fazem um apelo para que todos se vacinem. A vacina é a melhor alternativa para tirar essas crianças da porta das UPAs e hospitais.
A situação é preocupante. As UPAs Santana e Santa Paula informam que, na última segunda (26), foi registrado um expressivo aumento no número de atendimentos ocasionado principalmente pela alta procura espontânea de pacientes, em especial com sintomas de síndrome respiratória.
O aumento nos atendimentos está diretamente relacionado à elevação de casos de síndromes respiratórias, comuns nesta época do ano. Somente no mês de maio, a UPA Santa Paula já registrou 1.416 atendimentos por sintomas respiratórios, quase três vezes mais que a média dos meses anteriores (493). Na UPA Santana, também houve crescimento: foram 545 atendimentos respiratórios em maio, frente à média mensal de 396.
Além da alta demanda, outro fator relevante que influencia no tempo de espera é a prioridade dada aos casos de maior gravidade. Cerca de 36% dos atendimentos realizados foram classificados como de risco amarelo, o que significa que esses pacientes necessitam de atendimento em até uma hora. Casos verdes e azuis, considerados menos urgentes, foram atendidos conforme a prioridade, após a estabilização do fluxo dos pacientes mais graves.
Os imunizantes seguem disponíveis gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A campanha segue enquanto houver disponibilidade de doses, mas a recomendação da Fundação de Saúde é que as crianças sejam vacinadas quanto antes, para garantir maior proteção durante o pico da circulação viral.
A população precisa acreditar na vacina.